“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra
estas coisas não há lei” (Gálatas 5.22,23).
O fruto do
Espírito é uma marca na vida do novo homem em Cristo. É a verdadeira
característica da vida cristã.
Pelo fruto do
caráter, manifestado em sua vida diária, é que o cristão dá evidência da vida
de Cristo em seu interior (Mateus 7:16-20).
O fruto do
Espírito é composto de diversas virtudes, mas é único; não pode ser separado
porque é um produto final.
A Bíblia fala
“do fruto” e não “dos frutos” do Espírito. Esse fruto é um só, com diferentes
aspectos.
O crente cheio
do Espírito Santo deve demonstrar todas as características do Espírito Santo,
não apenas esta ou naquela virtude. Só quando estamos cheios do Espírito é que
manifestamos a plena frutificação das virtudes cristãs.
A vontade de
Deus é que sejamos cristãos frutíferos, isto é, que manifestemos as virtudes de
Cristo diariamente, assim como os ramos apresentam as qualidades da videira à
qual estão ligados. Isso só é possível com a presença e o domínio soberano do
Espírito Santo em nós.
O Novo Testamento
ensina que os seguidores de Cristo precisam remover o mal de suas vidas. Temos
que “crucificar a carne com as suas paixões e concupiscências” (Gálatas 5.24/ confere: Romanos 6.1-14/ Gálatas 2.19,20/
Colossenses 3.1-17).
Em Gálatas 5.16-26/ Efésios 4.17-32; 5.1-13, toma esta distinção muito clara, precisamos crucificar a
carne, removendo suas obras de nossas vidas. Paulo continua essa lista de obras
proibidas com uma descrição do fruto do Espírito.
Em contraste com
as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto. Esta maneira de
viver se realiza no cristão à medida que ele permite que o Espírito Santo
dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele subjugue o poder do pecado
e ande em comunhão com Deus.
Aqueles que vivem
no Espírito devem andar no Mesmo. Devemos desenvolver cada uma das qualidades
do fruto espiritual como uma parte de nossa personalidade, pois, o Espírito
Santo ajuda-nos a desenvolver um viver reto, justo e íntegro diante de Deus.
Numa lei da
física diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo; isso
vale também para a vida cristã, isto é, o cristão não pode viver no Espírito e
na carne ao mesmo tempo. Ou ele é espiritual ou ele é carnal.
O apóstolo Paulo,
nas passagens bíblicas acima, deixou bem claro que não há possibilidade de uma
pessoa viver na carne e ao mesmo tempo caminhar com o Espírito Santo.
Por exemplo,
quando Paulo disse a Timóteo: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade”, ele imediatamente acrescentou esta instrução positiva: “segue a justiça, a fé, o amor
e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor” (2 Timóteo 2.22). Ele tinha que remover o
mal, mas imediatamente lhe foi dito que pusesse o bem no seu lugar.
Em 1 Coríntios 2.6-16, ele faz a distinção entre o
homem espiritual e o homem natural.
Jesus disse que
não há como uma árvore boa produzir maus frutos (Mateus
12.33-37).
Tiago enfatizou
dizendo que não há como de uma mesma fonte jorrar água doce e salgada (Tiago 3.7-12).
Quando o crente
se deixa levar pela carne, ele fica submisso à carne e quando se entrega ao
Espírito, fica submisso ao Espírito (Romanos 8.5).
Em Romanos 13.12-14, diz que devemos deixar as
obras das trevas e revestimo-nos das armas da luz, revestindo-nos do Senhor
para não andarmos na carne (confere: 2 Coríntios 10.1-5).
Uma das grandes
obras do Espírito Santo é a de transmitir ao homem toda a plenitude de Deus: “para que, segundo a riqueza da
sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu
Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé,
estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender,
com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a
profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para
que sejais tomados de toda a plenitude de Deus” (Efésios 3.16-19). A natureza perfeita de Deus
faz parte dessa plenitude.
O desejo de Deus
não é apenas a salvação do homem, mas também que o homem salvo manifeste o
caráter divino pelo fruto do Espírito.
Pelo fruto do
Espírito, as virtudes de Cristo se manifestam na vida do crente. O fruto do
Espírito é uma manifestação da natureza de Cristo.
O alvo da
salvação é restaurar o homem à imagem de Cristo (Romanos
8.29/ Colossenses 3.10). Pelo pecado, o homem perdeu a glória
da imagem de Deus (Romanos 3.23), e ficou escravizado debaixo do poder da carne, isto é, da sua
velha natureza, a qual se manifesta pelas “obras da carne” (Gálatas 5.19-21).
As obras da carne
afastam o homem da vontade de Deus (confere: Romanos
8.5-8) e o faz obedecer ao inimigo (Efésios
2.1-3).
A salvação faz o
homem participante da natureza divina (2 Pedro 1.4), porque Cristo agora é a sua vida (Colossenses 3.4), e a sua “velha natureza”
foi crucificada com Cristo, que agora vive nele (Gálatas 2.20).
O “molde” dessa
nova vida é o exemplo que Jesus nos deixou registrado na Bíblia (João 13.15/ 1 Corínitos 11.1/ 1 Pedro 2.21/ 1 João 2.6).
O Espírito Santo
faz que, por meio do fruto do Espírito, as virtudes de Cristo apareçam “para que a vida de Jesus se
manifeste também em nossos corpos” (2 Coríntios 4.10); “até que Cristo seja formado em vós” (Gálatas 4.19).
A Bíblia mostra
que quando há abundância da operação do Espírito Santo, então os frutos
infalivelmente aparecem.
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