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A Palavra ensina que
devemos temer somente a Deus. “Porque
assim o Senhor me disse, tendo
forte a mão sobre mim, e me advertiu que não andasse pelo caminho deste povo,
dizendo: Não chameis conjuração a tudo quanto este povo chama conjuração; não
temais o que ele teme, nem tomeis isso por temível. Ao Senhor dos Exércitos, a ele santificai; seja ele o vosso
temor, seja ele o vosso espanto” (Is 8.11-13/ cf. 1Pe
3.14,15). “Não
temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que
pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mt 10.28).
Por que devemos temer
somente a Deus?
Primeiro porque Ele é um Deus Soberano, tem todo o Poder e está
no controle de toda e qualquer situação. Nada devemos temer se Ele for conosco.
“Que diremos, pois, à
vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?... Quem intentará
acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os
condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está
à direita de Deus e também intercede por nós” (Rm 8.31,33,34).
“O Senhor está
comigo; não temerei. Que me poderá fazer o homem?” (Sl
118.6/ cf. Sl 56.4,11/ Hb 13.6).
“O Senhor é a minha luz e a minha salvação;
de quem terei medo? O Senhor é a
fortaleza da minha vida; a quem temerei? Quando malfeitores me sobrevêm para me
destruir, meus opressores e inimigos, eles é que tropeçam e caem. Ainda que um
exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar
contra mim a guerra, ainda assim terei confiança” (Sl
27.1-3).
“Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a
quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo, tu, a quem tomei das extremidades
da terra, e chamei dos seus cantos mais remotos, e a quem disse: Tu és o meu
servo, eu te escolhi e não te rejeitei, não temas, porque eu sou contigo; não
te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te
sustento com a minha destra fiel. Eis que envergonhados e confundidos serão
todos os que indignados contra ti; serão reduzidos a nada, e os que contendem
contigo perecerão... Porque eu, o Senhor,
teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo.
Não temas, ó vermezinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu Redentor é o Santo de
Israel” (Is 41.8-11,13,14).
“Mas
agora, assim diz o Senhor, que te
criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi;
chamei-te pelo teu nome, tu és meu. Quando passares pelas águas, eu serei
contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo
fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, o
teu Salvador... Visto que foste precioso aos meus olhos, digno de honra, e eu
te amei... Não temas, pois, porque sou contigo... Ainda antes que houvesse dia,
eu era; e nenhum há que possa livrar alguém das minhas mãos; agindo eu, quem o
impedirá” (Is 43.1-5,13).
Segundo porque aquilo
que a gente teme sobrevirá a nós.
“Aquilo
que temo me sobrevém, e o que receio me acontece” (Jó
3.25). “Aquilo que teme o perverso, isso lhe sobrevém, mas o anelo
dos justos Deus o cumpre” (Pv 10.24).
O temor a Deus nos
livra dos temores alheios (cf. Sl 23.4/ 1Jo
4.10,15-19). Somente à medida
que verdadeiramente temermos ao Senhor é que seremos libertos da escravidão de
todas as formas de temores anormais e satânicas. Quem teme a Deus tem plena
confiança nEle (Sl 27.1; 40.3; 56.4).
O cristão verdadeiro,
que teme ao Senhor, não deve temer: o inimigo (Nm 14.9/ Jr 1.8); os homens (Sl 118.6/ Hb 13.6/ 1Pe 3.14,15); as más notícias (Sl 112.1,7,8/ cf. Sl 91.1-16); as adversidades (Ap 2.10).
Quem teme a Deus
conhece o Deus pelo qual ele teme. Aí se vê que temer a Deus não é ter medo nem
espanto de um Deus violento, mas é exatamente o contrário, é ter a dimensão
real de quem é Deus. A pessoa não se abala, não teme maus rumores, ou seja, na
adversidade ela é estável, ela tem estabilidade emocional, porque sabe em Quem
ela tem crido (Jó 19.25,26/ Sl
20.7,8/ Is 49.23/ Hc 3.17-19/ 2Tm 1.12).
Jesus ao falar do temor a Deus, disse: “Digo-vos, pois,
amigos meus: não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem
fazer. Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois
de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer” (Lc 12.4,5).
Uma explicação mais simples do que Jesus quis
dizer é que, se acontecesse de estarmos em um determinado lugar em que o rei
fosse contrário a fé cristã e, ao saber da nossa fé em Cristo nos fizesse duas
opções: negarmos a fé em Cristo e vivermos ou confirmarmos a fé e sermos
mortos.
Segundo Jesus, devemos seguir a segunda opção,
mesmo que com isso resultasse na nossa morte. Isso foi exatamente o que
aconteceu a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego no episódio narrado em Dn 3. Antes
devemos temer a Deus do que temer qualquer governo humano (cf. At 4.19; 5.29).
Não devemos temer “os que matam
o corpo” porque desses Deus pode nos livrar, e se não nos livrar, o certo é que
estaremos com Ele (cf. Dn 3.13-18/ 2Co 5.1-10/ Fp 1.20,21). Agora, quem
é que pode livrar alguém das mãos dAquele que tem o Poder pra lançar no inferno
tanto a alma como o corpo? Não há quem possa livrar alguém das mãos de Deus (cf. Hb 10.31), por isso
devemos temer somente a Ele. Deus tem o domínio sobre todas as coisas e a Ele
daremos conta da nossa vida (cf. Mt 16.27/ Rm 14.12/ Tg 4.12/ Ap 22.11,12).
Jesus disse que se não morrermos por amor a Ele,
não seremos dignos dEle, e excluídos estaremos da presença de Deus, mas se
morrermos por amor a Ele, alcançaremos a salvação eterna (cf. Mt
10.28-33,37-39; 16.24-27/ Mc 8.34-38/ Lc 9.24; 17.33/ 2Tm 2.11,12). Portanto,
não devemos temer qualquer circunstância, mas crê somente no Poder de Deus (cf. Mc 5.36).
Deus promete que
recompensará a todos que O temem (Pv 22.4); promete a proteção da morte (Sl 33.18,19/ Pv 14.26,27); provisões para nossas necessidades diárias (Sl 34.9; 103.13; 111.5); e uma vida longa (Pv 10.27). Aqueles que temem ao Senhor sabem que bem os
sucede não importando o que aconteça no mundo ao redor (Ec 8.12,13).
Nas Páginas Sagradas encontra-se exemplos de homens preciosos que viveram
em temor, e foram grandiosamente recompensados pelo Senhor. Por exemplo: Abraão
(Gn 22.12); José (Gn 39.9); Obadias (1Rs 18.12); Neemias (Ne
5.15); Jó (Jó 1.1,8); Cornélio (At 10.2) e Noé (Hb 11.7) entre muitos outros.
O temor do Senhor
confere segurança e consolo espiritual indizíveis para o povo de Deus. O Novo
Testamento vincula diretamente o temor de Deus ao conforto do Espírito Santo (At 9.31). O verdadeiro temor de Deus leva o cristão a
crer e confiar exclusivamente nEle para a salvação (Sl 145.18,19/ Pv 28.14).
Por isso que as expressões “não temais” e “não temas” aparecem em diversas partes em toda a Bíblia (cf. Gn 15.1; 21.17/ Dt 20.3/ Js 1.9; 8.1/ Is 44.2/ Dn 10.12/ Mc 5.36/ Ap 2.10).
Por isso que as expressões “não temais” e “não temas” aparecem em diversas partes em toda a Bíblia (cf. Gn 15.1; 21.17/ Dt 20.3/ Js 1.9; 8.1/ Is 44.2/ Dn 10.12/ Mc 5.36/ Ap 2.10).
O temor deve ser uma qualidade visível por todos e contínua na vida do
Servo (cf. Dt 14.23/ Js
4.23/ Pv 23.17/ Cl 3.22/ 1Pe 3.15). É preciso alertar e ensinar aos que não o possui (Sl 34.11). Os ímpios estão destituídos deste sentimento! Pois para
possuí-lo é indispensável conhecer a Deus e observar seus princípios (cf. Sl 36.1/ Pv 1.29/ Jr 2.19/ Rm 3.18).
Quem não possui o temor a Deus em sua vida e foi despertado para esta
necessidade de tê-lo deve buscá-lo, orando diante do trono de Deus e receberá. “Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua
verdade; dispõe-me o coração para só temer o teu nome” (Sl 86.11).
Quem quiser vencer
com Cristo tem que temer somente a Deus (Is 8.13/ cf. Dt 4.10; 6.2/ Jo 9.31).
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