domingo, 22 de julho de 2012

MENSAGEM BÍBLICA: FRUTO DO ESPÍRITO - LONGANIMIDADE

Longanimidade

A longanimidade é a capacidade de pensar antes de agir; ser tardio para irar-se ou para o desespero (Colossenses 1.11; 3.12/ 2 Timóteo 3.10).

É a virtude que trata da paciência, calma e autodomínio; é a perseverança ou a capacidade de suportar as ofensas; é tomar uma atitude que se nega a devolver uma ofensa na mesma moeda; é possuir ânimo longo apesar das circunstâncias adversas em lugar de ter ânimo precipitado (Provérbios 14.29). É a virtude que faz suportar os males com resignação.

Esta virtude capacita o crente para exercer o domínio próprio diante das provações, ou seja, ele não se precipita em “acertar as contas” ou punir. Ao mesmo tempo, também resiste ao prolongamento de circunstâncias difíceis.

Em vez de escapar com raiva ou agir precipitadamente para ferir aquele que nos feriu, deveríamos pacientemente mostrar nosso amor e procurar reconciliar com essa pessoa. Tal atitude melhorará nossas relações em todos os aspectos.

Através da longanimidade, o amor se mostra paciente quando em meio à irritação e a ira, às vezes somos tentados a vingar as ofensas e a fazer justiça com as próprias mãos.

Na longanimidade, o amor e a paciência se irmanam na busca da compreensão e da consolidação da comunhão entre os cristãos (Efésios 4.1,2/ 1 Tessaloniceses 5.14).

Essa virtude ajuda o crente no seu serviço (Provérbios 15.18/ 2 Coríntios 6.6/ 2 Timóteo 4.2). É uma expressão do domínio próprio (Provérbios 16.32).

O nosso dia-a-dia é um constante teste para a longanimidade. Um desses exemplos certamente já nos aborreceu: a falta de gratidão por parte das pessoas a quem ajudamos ou a quem Deus socorreu; a insistência das pessoas em nos fazer coisas que sabem que nos desagradam, como nos casos das crianças, receber um soco pelas costas de uma pessoa que sai correndo; a conexão na internet que nos irrita por lentidão ou por suas quedas; a falta de tinta na impressora antes de encerrada a impressão de um trabalho que está para ser entregue; a perda de um ônibus por uma fração de segundo, quando já estamos atrasados; a estupidez de enfrentar uma fila no banco; a falta de humildade em pessoas que sabem menos que a gente; o ronco do cônjuge; ter que andar atrás de uma pessoa que anda bem devagar (e a gente com toda a pressa do mundo); comprar um aparelho que não funciona; pagar por um serviço e não receber por ele; pedir ajuda a um atendente que nunca sabe nada. Cada um conhece as irritações que estas situações provocam. A recomendação bíblica é muito clara em Efésios 4.26.

A falta da longanimidade expressa por meio da ira continuada, é uma brecha que abrimos para a atuação do diabo em nossas vidas (Efésios 4.27/ 1 Pedro 5.8).

Paulo está recomendando que nenhum de nós vá dormir ainda irado, do contrário, o diabo vai nos levar à autodestruição.

A longanimidade é prática difícil, significa ser equilibrado em vez de ter pavio curto, ser demorado em irritar-se, ter boa vontade para com quem fere, é não retaliar, é não vingar a ofensa, é amar os inimigos ou todos aqueles que nos fazem mal.

 A longanimidade faz parte da personalidade de Deus (Êxodo 34.6/ Números 14.18/ Salmos 103.8/ 1 Pedro 3.20).

Esta virtude é atribuída a Deus por Sua capacidade de reter Sua indignação diante da provocação humana.

Nosso pecado provoca a ira de Deus, mas Ele não a descarrega sobre nós (Romanos 9.22,23), bem diferente daqueles discípulos de Jesus referidos em Lucas 9.51-56.

Diante da falta de hospitalidade por parte dos samaritanos, os doces e santos Tiago e João perguntaram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?”; a resposta de Jesus foi imediata: “Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (confere: Lucas 19.10).

A longanimidade de Deus nos salva, devemos ser gratos a Ele por isto (Números 14.18,19/ Romanos 2.4/ 1 Pedro 3.20,21/ 2 Pedro 3.15).

Deus é longânimo para com o ser humano para que nenhuma de Suas criações se perca (2 Pedro 3.9).

Como cristãos devemos buscar em imitar a longanimidade de Deus (1 Timóteo 1.16/ 2 Timóteo 4.2). Ele é o nosso modelo.

Nossa longanimidade deve salvar outras pessoas. Precisamos desenvolver a tolerância máxima, não a tolerância zero.

Em nós, a longanimidade é contra a nossa essência, a menos que o Espírito Santo a produza em nós.

Devemos ser modelos de longanimidade, como instrumentos para salvação de outros.

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