Decidi não procurar por sites de
relacionamentos, ou conselhos de relacionamento pra descobrir como vencer as
inseguranças da vida.
A busca pelas razões psicológicas
e filosóficas do ser humano para explicar essa vertente me interessou muito
mais e pelo visto trouxe uma solução precisa.
Sem mais delongas. Posso concluir
que a insegurança não é algo que é característica da personalidade, e sim um
mal do século.
Sim, ufa! Menos mal. Agora posso
ficar ainda mais preocupada. (Kkk)
Segundo algumas filosofias, a
insegurança está ligada a falta de concretização das morais na sociedade. A
sociedade está cada vez mais frágil e inconstante. As relações não tem
estrutura e as pessoas são descartáveis.
Culpa, do mal uso da tecnologia,
sem dúvidas.
Mas calma! Ainda temos uma
solução, por incrível que pareça.
Porém, esta não vai nos garantir
um futuro feliz ao lado da pessoa amada, apenas um futuro feliz. O que já é uma coisa boa.
Bem, a partir de várias
pesquisas, eu pude observar que a insegurança é proporcional ao nosso
amadurecimento. Quanto mais madura uma pessoa é, menos insegura ela se torna.
Entretanto, o amadurecimento é
ligado ao tempo, e esse é justamente o mal dessa sociedade pós-moderna: a
pressa.
Como é muito fácil fazer e desfazer
relações, então, as pessoas não estão preocupadas em por suas emoções nisso. Por
isso, quem se entrega de corpo e alma, se sentirá sozinho ainda que
acompanhado.
Ai, ai! Acho que encontrar uma
solução precisa para essa problemática é ainda uma forma de ser infantil. Pois,
o ser humano está em constante descoberta de si mesmo, e por tanto, é
impossível medir matematicamente as situações e dar resultados sem erros.
Posso apenas indicar caminhos
para melhorias, para o amadurecimento. E é isso que estarei propondo pra mim
mesma.
A primeira coisa a se considerar
é: será que a culpa não é minha? Será que não sou eu que estou fazendo tudo
errado?
Sim, porque se eu deixei de ser
quem sou pra agradar o outro, pelo simples medo de perdê-lo, eu não estou
errando comigo mesma?
E se eu estou me abrindo
totalmente numa relação onde o outro não se entrega, eu não estou super
valorizando o outro e me desvalorizado?
Se eu deixo meu modo de pensar e
passo a pensar como o outro, assim perdendo minha estrutura de sustentação, eu
não me perco de mim mesma no final?
Antes de me doar ao outro, porque
eu não ganho meu tempo me doando a mim mesmo?
Que eu saiba é ame o próximo como
a ti mesmo, e não ame o próximo pra amar a si mesmo.
É justo! O único capaz de atender
a todo o desespero da nossa alma é Deus. Por isso não podemos ser dependentes
do homem.
Então, porque me torno dependente
do homem, quando eu tenho um relacionamento com Deus?
Simples, porque não tenho um
relacionamento comigo mesmo. Porque não respeito os meus limites, o meu tempo,
o que sou.
Então como posso me tornar mais
maduro? Sim, porque idade não significa nada.
Quando eu passar a encarar a vida
com leveza. Entender que eu não sou a dona da razão, que eu não conheço o meu
todo, então não posso julgar conhecer totalmente o outro e criar expectativas
em cima disso.
Se eu começar a pensar a vida sem
o celular, eu posso perceber que é muito melhor o tempo comigo mesma, e o tempo
que eu esqueço um pouco o outro pra viver a minha própria vida, sem ter a necessidade
de mandar mensagem todo dia, ou de ligar todo dia, eu posso dedicar mais tempo
pra mim, e consequentemente, vou saber dedicar melhor o meu tempo para o outro,
quando estiver com ele.
Gerar saudade. Essa é a solução!
Parece tão estúpida, mas é a verdade.
Com essa onda de relacionamento virtual, não temos mais possibilidade de gerar
saudade no outro, e em vez do outro sentir nossa falta, sente agonia. Por quê?
Por estarmos o tempo todo em contato.
Tá!? Então, quer dizer que se eu
dedicar meu tempo pra mim, consequentemente o outro sentirá minha falta? Bem, é
provável.
Assim como ficar girando ao redor
do outro irá fazê-lo sufocar e se cansar de mim.
Essa teoria funcionava
antigamente, quando nossos país namoravam só pegando na mão e uma vez por semana
com os pais olhando.
Então, pensei. O que fazer?
Acredito que ter um exame de
consciência é mais importante do que imaginamos, pensar sobre si mesmo, sobre
os seus relacionamentos, poderá fazer com que os melhoremos.
Ver o outro como o outro. Imaginar
que não sabemos o suficiente traz a sensação de entusiasmo.
O outro é inédito para si mesmo,
nós somos para nós mesmos, e porque não damos tempo ao tempo para conhecer?
Para me relacionar bem com os
outros, eu preciso me relacionar comigo. É assim que eu vou amadurecer, e terei
uma possibilidade de me dar bem com alguém no futuro.
(Por Larissa Micaelle)