sexta-feira, 21 de julho de 2017

REFLEXÃO: AQUIETA MINH’ALMA


Eu realmente não sou boa em esperar. Eu conto dias, horas e momentos.

Eu queria que fosse diferente minha forma de ver a vida. Como na teoria de Aristóteles: as pessoas na arquibancada. Os observadores da vida e os comerciantes.

É. Eu sou mesmo a corredora! Buscando aprovação, buscando um alvo, criando regras pra chegar nele.

Vendo assim, pela ótica da platéia, é cansativo e incrível ao mesmo tempo.

Melhor parar e só observar, já que eu posso escolher. (Pensaria eu se fosse a corredora de verdade).

Mas, acredito que não posso escolher, porque nasci pra ser corredora. 

Minha personalidade é lógica, e não suporta o tempo em que se para completamente.

A não ser para o descanso da corrida.

Sinto-me realmente cansada. Porque eu deveria me preocupar tanto com a platéia?
  
(Por Larissa Micaelle)

domingo, 16 de julho de 2017

INSEGURANÇA



Decidi não procurar por sites de relacionamentos, ou conselhos de relacionamento pra descobrir como vencer as inseguranças da vida.

A busca pelas razões psicológicas e filosóficas do ser humano para explicar essa vertente me interessou muito mais e pelo visto trouxe uma solução precisa.

Sem mais delongas. Posso concluir que a insegurança não é algo que é característica da personalidade, e sim um mal do século.

Sim, ufa! Menos mal. Agora posso ficar ainda mais preocupada. (Kkk)

Segundo algumas filosofias, a insegurança está ligada a falta de concretização das morais na sociedade. A sociedade está cada vez mais frágil e inconstante. As relações não tem estrutura e as pessoas são descartáveis.

Culpa, do mal uso da tecnologia, sem dúvidas.

Mas calma! Ainda temos uma solução, por incrível que pareça. 

Porém, esta não vai nos garantir um futuro feliz ao lado da pessoa amada, apenas um futuro feliz.  O que já é uma coisa boa.

Bem, a partir de várias pesquisas, eu pude observar que a insegurança é proporcional ao nosso amadurecimento. Quanto mais madura uma pessoa é, menos insegura ela se torna.

Entretanto, o amadurecimento é ligado ao tempo, e esse é justamente o mal dessa sociedade pós-moderna: a pressa.

Como é muito fácil fazer e desfazer relações, então, as pessoas não estão preocupadas em por suas emoções nisso. Por isso, quem se entrega de corpo e alma, se sentirá sozinho ainda que acompanhado.

Ai, ai! Acho que encontrar uma solução precisa para essa problemática é ainda uma forma de ser infantil. Pois, o ser humano está em constante descoberta de si mesmo, e por tanto, é impossível medir matematicamente as situações e dar resultados sem erros.

Posso apenas indicar caminhos para melhorias, para o amadurecimento. E é isso que estarei propondo pra mim mesma.

A primeira coisa a se considerar é: será que a culpa não é minha? Será que não sou eu que estou fazendo tudo errado?

Sim, porque se eu deixei de ser quem sou pra agradar o outro, pelo simples medo de perdê-lo, eu não estou errando comigo mesma?

E se eu estou me abrindo totalmente numa relação onde o outro não se entrega, eu não estou super valorizando o outro e me desvalorizado?

Se eu deixo meu modo de pensar e passo a pensar como o outro, assim perdendo minha estrutura de sustentação, eu não me perco de mim mesma no final? 

Antes de me doar ao outro, porque eu não ganho meu tempo me doando a mim mesmo?

Que eu saiba é ame o próximo como a ti mesmo, e não ame o próximo pra amar a si mesmo.

É justo! O único capaz de atender a todo o desespero da nossa alma é Deus. Por isso não podemos ser dependentes do homem.

Então, porque me torno dependente do homem, quando eu tenho um relacionamento com Deus?

Simples, porque não tenho um relacionamento comigo mesmo. Porque não respeito os meus limites, o meu tempo, o que sou.

Então como posso me tornar mais maduro? Sim, porque idade não significa nada.

Quando eu passar a encarar a vida com leveza. Entender que eu não sou a dona da razão, que eu não conheço o meu todo, então não posso julgar conhecer totalmente o outro e criar expectativas em cima disso.

Se eu começar a pensar a vida sem o celular, eu posso perceber que é muito melhor o tempo comigo mesma, e o tempo que eu esqueço um pouco o outro pra viver a minha própria vida, sem ter a necessidade de mandar mensagem todo dia, ou de ligar todo dia, eu posso dedicar mais tempo pra mim, e consequentemente, vou saber dedicar melhor o meu tempo para o outro, quando estiver com ele.

Gerar saudade. Essa é a solução!

Parece tão estúpida, mas é a verdade. Com essa onda de relacionamento virtual, não temos mais possibilidade de gerar saudade no outro, e em vez do outro sentir nossa falta, sente agonia. Por quê? Por estarmos o tempo todo em contato.

Tá!? Então, quer dizer que se eu dedicar meu tempo pra mim, consequentemente o outro sentirá minha falta? Bem, é provável.

Assim como ficar girando ao redor do outro irá fazê-lo sufocar e se cansar de mim.

Essa teoria funcionava antigamente, quando nossos país namoravam só pegando na mão e uma vez por semana com os pais olhando. 

Então, pensei. O que fazer?

Acredito que ter um exame de consciência é mais importante do que imaginamos, pensar sobre si mesmo, sobre os seus relacionamentos, poderá fazer com que os melhoremos.

Ver o outro como o outro. Imaginar que não sabemos o suficiente traz a sensação de entusiasmo.

O outro é inédito para si mesmo, nós somos para nós mesmos, e porque não damos tempo ao tempo para conhecer?

Para me relacionar bem com os outros, eu preciso me relacionar comigo. É assim que eu vou amadurecer, e terei uma possibilidade de me dar bem com alguém no futuro.

(Por Larissa Micaelle)