quinta-feira, 26 de julho de 2012

MENSAGEM: A VAQUINHA


Um sábio e seu aprendiz andavam por uma floresta em busca de aprendizagem quando avistaram ao longe um sítio. O lugar demonstrava ser de muita pobreza, com uma casa velha de madeira. Os moradores eram um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas.

Então o sábio se aproximou do senhor, aparentemente o pai daquela família, e perguntou:

– Neste lugar parece que não há comércio ou trabalho. Como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?

O senhor calmamente respondeu que eles tinham uma vaquinha que dava vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto era vendida ou trocada na cidade vizinha por outros alimentos e a outra parte era utilizada para produzir queijo e coalhada para consumo próprio. Era assim que sobreviviam.

Os dois agradeceram o informação, depois se despediram e foram embora. No meio do caminho, o sábio ordenou ao aprendiz que pegasse a vaquinha, levasse à beira de um precipício ali em frente e jogasse morro abaixo.

O jovem arregalou os olhos, espantado, dizendo que não podia fazer tal coisa, pois a vaquinha era o único meio de sobrevivência daquela pobre família. Mas o sábio exigiu que ele cumprisse sua ordem. Assim, o aprendiz empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer.

Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos, até que um belo dia ele resolveu voltar àquele mesmo lugar e contar tudo àquela família, pedir perdão e ajudá-la. Assim o fez.

Quando se aproximou do local, avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, uma bela casa com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou desesperado, imaginando que aquela humilde família, na necessidade, vendeu o sítio para sobreviver. Apertou o passo e foi logo recebido por um homem simpático que se apresentou como empregado da casa. Perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos. O empregado respondeu:

– Eles continuam morando aqui.

Espantado, o discípulo entrou correndo na casa e realmente encontrou a mesma família que visitara antes com o sábio. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha):

– Como se fez tal mudança de vida?

E o senhor, entusiasmado, respondeu:

– Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante, tivemos de que fazer outras coisas que nem sabíamos que podíamos. Assim, alcançamos o sucesso que seus olhos vêem agora!

Esta é uma história apenas ilustrativa. É claro que ninguém deve sair por aí empurrando a vaquinha dos outros. O que eu quero dizer com isso é que muitas vezes temos uma vaquinha que nos leva à acomodação. Reclamamos de nosso estado sem perceber que na verdade estamos apegados a uma situação que bem ou mal nos dá a subsistência diária. Falta coragem para ousar novos caminhos, e sobra comodismo para tomar uma nova atitude de vida.

E também devemos sempre expandir nossos conhecimentos, aprender coisas novas, pois se um dia perdermos nossa “vaquinha”, encontraremos mais facilmente outras oportunidades. Somos muito mais capazes do que imaginamos!

“Se você faz o que sempre fez, conseguirá o que sempre conseguiu”.  

(Extraído do livro Mensagens de Valor, compilação dos artigos de Vera Lúcia sobre: motivação, entusiasmo, trabalho, família, afetividade, amor. Expressa a beleza dos verdadeiros valores enaltecidos no ser humano.) 

CONSCIÊNCIA CRISTÃ: UM DIA PELA FRENTE

Você já parou para pensar como o futuro mexe com as nossas emoções? Quem nunca teve curiosidade de saber quando, onde, como e com quem estará no futuro? 
 
O amanhã é capaz de intrigar, causar ansiedade, medo e até paralisar. Mas ele também pode instigar, dar esperança e mover vidas. Tudo depende de como lidamos com o tempo. 
 
Não é errado pensar e planejar os dias vindouros. O equívoco é viver o futuro ainda estando no presente.
 
É preciso entender que o futuro realmente é algo importante e está dentro de nós. Quando você ainda estava no ventre de sua mãe, Deus já havia pensado em tudo. Ele sonhou e preparou o melhor para você. Mas não podemos esquecer que existem etapas a serem cumpridas e muitas vezes somos tentados a antecipá-las. 
   
Em várias palestras sobre escolha da profissão ou carreiras, muitos especialistas recomendam que você se imagine daqui a cinco anos. A dica é, aparentemente, bem simples: você faz um exercício mental de pensar onde gostaria de estar daqui a cinco anos. Vai trabalhar onde? Fazendo o quê? Que salário terá? Quanto tempo vai dedicar às atividades profissionais?
 
O exercício serve para ajudar cada pessoa a pensar no futuro, a planejar, a escolher com clareza, a traçar metas para atingir um objetivo. Logicamente, o planejamento é fundamental na vida. Sem projetar o futuro, sem pensar nele e sem se preparar para ele, todos corremos o risco de viver uma vida inconseqüente e infrutífera. Mas, viver com os olhos lá na frente todo o tempo tira de nós a responsabilidade pelo que, verdadeiramente, é o que temos: o hoje.
 
Podemos nos imaginar em um emprego melhor, em uma viagem bacana, em uma casa maior. Podemos sonhar com o casamento, com filhos, com um novo carro. Podemos nos imaginar mais magros, menos sedentários. Podemos desejar mais ministérios na igreja, dedicar mais tempo ao Senhor, orar mais, ser mais grato a Deus. Para daqui a cinco anos... podemos sonhar com o que quisermos. Contudo, só temos o hoje. Na verdade, só o agora. Este momento.
 
Essa certeza coloca sobre nós a responsabilidade por viver cada dia – cada minuto que seja – bem vivido. O hoje não voltará mais. E o amanhã não nos pertence. Faça bem feito agora. Pode ser que não haja tempo para refazer depois. Não deixe para pedir perdão amanhã. Não deixe para recomeçar em outra hora. Não caia na tentação de evangelizar e dar uma boa palavra na próxima vez. Não resolva orar mais tarde. Tudo que você tem é o agora.
 
Que o Senhor nos conceda a graça de fazer como Paulo nos recomendou em Efésios 5.16: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus.”.
 
Você tem pela frente o dia que o Senhor te deu. Horas preciosas para fazer muita coisa boa, para dizer boas palavras, para fazer o que – talvez – ninguém mais possa fazer. 
 
Siga em frente. Não perca tempo. Sucesso!!!

MENSAGEM: O PAI, O FILHO E A FORCA


Havia um homem muito rico, que possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários empregados à seu serviço. Tinha ele um único filho, um único herdeiro, que ao contrário do pai não gostava do trabalho, nem de compromissos.

O que ele mais gostava era fazer festas, estar com seus amigos e ser bajulado por eles. Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estariam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer; depois, o abandonariam.

Um dia, o velho pai, já avançado em idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro. Dentro dele, o próprio pai fez uma forca e, junto a ela, uma placa com os dizeres: PARA VOCÊ NUNCA MAIS DESPREZAR AS PALAVRAS DE TEU PAI.

Mais tarde, chamou o filho e o levou até o celeiro e lhe disse: 

- Meu filho, eu já estou velho e, quando eu partir, você tomará conta de tudo o que é meu... E eu sei qual será o teu futuro. Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo o dinheiro com os teus amigos. Venderá todos os bens para se sustentar e, quando não tiver mais nada, teus amigos se afastarão de você. Só então você se arrependerá amargamente de não me ter dado ouvidos. Foi por isso que construí esta forca.Ela é para você! Quero que você me prometa que, se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela. 

O jovem riu, achou um absurdo, mas, para não contrariar o pai, prometeu, pensando que isso jamais pudesse acontecer.

O tempo passou, o pai morreu, e seu filho tomou conta de tudo, mas, assim como seu pai havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e até a própria dignidade.

Desesperado e aflito, começou a refletir sobre sua vida e viu que havia sido um tolo, lembrou-se do seu pai e começou a chorar e dizer:

- Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido os teus conselhos...  Mas agora é tarde, tarde demais...

Pesaroso, o jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro, era a única coisa que lhe restava.

A passos lentos, se dirigiu até lá e viu a forca e a placa empoeirada e disse:

- Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo enquanto estava vivo, mas pelo menos vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, já que não me resta mais nada...

Então ele subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço e disse:

- Ah se eu tivesse uma nova chance...

Então pulou; sentiu por um instante a corda apertar sua garganta. Mas, o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente.

O rapaz caiu no chão e sobre ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas, rubis, safiras e brilhantes, muitos brilhantes... 

A forca estava cheia de pedras preciosas e um bilhete também caiu no chão. Nele estava escrito:

Esta é a tua nova chance. Eu te amo muito! Com amor, teu velho e já saudoso pai.

Deus é exatamente assim conosco. Quando nos arrependemos, podemos ir até Ele. Ele sempre nos dá uma nova chance.

Deus ama você!

MENSAGEM BÍBLICA: O CAMINHO DE ENOQUE

"Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus. De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11.5,6)
 
Talvez uma das figuras mais impressionantes da Bíblia seja Enoque. Ele estava vivendo na terra entre as pessoas, comendo com elas, andando, conversando; e, de repente, todos o procuraram e não o encontraram. 
 
Ele desapareceu completamente. Deus o transladou. Deus o arrebatou. Você já pensou em alguma coisa desse tipo? Você está andando na rua e, de repente, você desaparece? Deus o toma para Ele? 
 
Deus olha para você aqui na terra e diz: ”Ah, você já está tão parecido com as pessoas aqui do céu. Você não tem mais nada das pessoas aí da terra. E Eu tenho tantas saudades de você. Gosto tanto de conversar com você. Sabe, vou trazer você para ficar eternamente comigo". E, então, Deus arrebata você? 
 
Foi isso que aconteceu com Enoque: ele foi arrebatado. Isso aconteceu porque ele agradou a Deus por causa da sua fé. E a sua fé se baseou em dois pontos: 1) Deus existe – a certeza do invisível (versículo 6). 2) Deus recompensa – a confiança no cumprimento das promessas (versículo 6). (Obs.: Voltamos em Hebreus 11.1: a confiança no cumprimento das promessas e a certeza do invisível).
 
1) Deus existe. Enoque viveu em um tempo em que as pessoas não acreditavam em Deus. Elas podiam até mesmo afirmar com a boca que acreditavam na existência dEle. Contudo, no dia a dia, viviam como se Deus não existisse. 
 
Judas fala sobre isso em Judas 14,15: "Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades, para exercer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticaram e acerca de todas as palavras insolentes que ímpios pecadores proferiram contra ele"
 
Obras ímpias – As pessoas não estavam nem aí para Deus. Elas praticavam obras ímpias. Elas viviam de qualquer maneira. Não lhes importava o que Deus dizia. Não lhes importavam os valores de Deus. 
 
Relativização: Elas viviam os próprios valores. Elas não buscavam os valores de Deus. Elas não buscavam aquilo que era absoluto aos olhos de Deus Elas haviam relativizado todas as coisas. 
 
O padrão do que é certo deixou de ser Deus. O padrão do que é certo ficou sendo a vontade do próprio ser humano. Por exemplo: Se Deus estabelece o padrão de não mentir; as pessoas diziam que a questão da mentira é relativa, e, que, em determinadas circunstâncias, deve-se mentir. Se Deus estabelece o padrão de não cobiçar, as pessoas diziam que a questão da cobiça é relativa, e, que, em determinadas circunstâncias, deve-se cobiçar. Se Deus estabelece que o padrão é o sexo dentro do casamento, por causa do vínculo de compromisso e da aliança, as pessoas diziam que o sexo deveria acontecer em qualquer momento, desde que as pessoas se imaginassem comprometidas umas com as outras. 
 
Enquanto as pessoas relativizavam todas as coisas, mostrando com as suas práticas que não acreditavam em Deus, Enoque continuava proclamando a existência de Deus. Ele continuava vivendo segundo os padrões de Deus, sendo fiel à Palavra. 
 
E não somente isso. Enoque não apenas vivia segundo a Palavra de Deus, mas também ele chamava as pessoas à mudança de conduta. Ele não ficou passando a mão na cabeça das pessoas dizendo: “Deus é amor. Deus é cheio de graça. Pode continuar vivendo da mesma maneira”. Não! Antes, Enoque anunciou a verdade. 
 
Ele tinha a certeza da existência de Deus. Ele tinha a certeza da existência dos padrões absolutos de Deus. Ele não abriu mão desses valores absolutos por causa da sociedade. Ele se levantou cheio de ousadia e profetizou contra aquelas pessoas. 
 
Por isso ele obteve testemunho de haver agradado a deus. Por isso ele foi arrebatado! Mas não apenas isso. A fé de Enoque não se apoiava somente na certeza da existência de Deus. Ela também se apoiava na convicção de que Deus recompensa. 
 
Enoque agradou a Deus porque ele cria na existência de Deus e também tinha a certeza de que Deus recompensava aqueles que o buscavam.
 
2) Deus recompensa. Enoque tinha a certeza de que não era fútil viver da maneira como ele vivia. Ele tinha a convicção de que experimentaria benefícios por viver daquela maneira. 
 
Ele não estava andando em santidade por causa de um ideal. Ele andava em santidade por que ele tinha a certeza de que era o melhor para ele. Ele teria ganhos por andar daquela maneira. 
 
As pessoas precisam saber que a vida com Deus tem a promessa da vida aqui e da vida por vir. Deus recompensa. 
 
Mas como Enoque conseguiu forças para viver dessa maneira? Profetizando contra o pecado e permanecendo firme, olhando para as recompensas celestiais? 
 
Em Gênesis, nós encontramos a resposta. O capítulo 5, versículo 24, diz que Enoque andou com Deus. Relacionamento. Construído. Dia após dia. Como em uma caminhada. Perseverança. Continuidade. Constância. Não ao imediatismo. 
 
Um relacionamento com o Senhor é como uma longa caminhada. Não se chega ao destino no primeiro dia, nas primeiras horas, nos primeiros minutos. A cada dia novos passos são dados, a intimidade é construída, e o relacionamento é fundamentado. 
 
Enoque andou com Deus, e a cada dia sua fé no invisível foi consolidada, e então, o próprio Senhor o recompensou.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

MENSAGEM: A ARTE DE JULGAR OS OUTROS


Eram dois vizinhos. Um deles comprou um coelho para os filhos. Os filhos 
do outro vizinho também quiseram um animal de estimação. E os pais desta 
família compraram um filhote de pastor alemão. Então começa uma conversa 
entre os dois vizinhos: 

- Ele vai comer o meu coelho! 

- De jeito nenhum. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos e "pegar" 
amizade!!! 

E, parece que o dono do cão tinha razão. Juntos cresceram e se tornaram 
amigos.Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As 
crianças, felizes com os dois animais. 

Eis que o dono do coelho foi viajar no fim de semana com a família. E não levaram o coelho. 

No domingo, à tarde, o dono do cachorro e a família 
tomavam um lanche tranquilamente, quando, de repente, entra o pastor 
alemão com o coelho entre os dentes, imundo, sujo de terra e 
morto. 

O cão levou uma tremenda surra! Quase mataram o cachorro de tanto 
agredi-lo. Dizia o homem: 

- O vizinho estava certo. Só podia dar nisso! 

Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora?! Todos se olhavam. O 
cachorro, coitado, chorando lá fora, lambendo os seus ferimentos. 

- Já pensaram como vão ficar as crianças? 

Não se sabe exatamente quem teve a idéia, mas parecia infalível:
 
- Vamos lavar o coelho, deixá-lo limpinho, depois a gente seca com o 
secador e o colocamos na sua casinha. 

E assim fizeram. Até perfume colocaram no animalzinho. Ficou lindo. 
Parecia vivo, diziam as crianças. 

Logo depois ouvem os vizinhos chegarem. 
Notam os gritos das crianças. 

- Descobriram! 

Não passaram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta, 
assustado. 
Parecia que tinha visto um fantasma. 

- O que foi?! Que cara é essa? 

- O coelho, o coelho...
 
- O que tem o coelho? 

- Morreu! 

- Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem.
 
- Morreu na sexta-feira! 

- Na sexta?! 

- Foi. Antes de viajarmos, as crianças o enterraram no fundo do quintal e 
agora ele reapareceu! 

A história termina aqui. O que aconteceu depois fica para a imaginação de cada um de nós. Mas o grande personagem desta história, sem dúvida alguma, é o cachorro. Imagine o coitado, desde sexta-feira procurando em vão pelo seu amigo de infância. Depois de muito farejar, descobre seu amigo coelho morto e enterrado. O que faz ele? Provavelmente com o coração partido, desenterra o amigo e vai mostrar para seus donos, imaginando que o fizessem ressuscitar. E o ser humano continua julgando os outros... 

A outra lição que podemos tirar desta história é que o homem tem a tendência de julgar os fatos sem antes verificar o que de fato aconteceu. Quantas vezes tiramos conclusões erradas das situações e nos achamos donos da verdade? Histórias como essa, são para pensarmos bem nas atitudes que tomamos. Às vezes, fazemos o mesmo... 

 
 "Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz" (Tiago 4.11).

"Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas" (Romanos 2.1).

"Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster" (Romanos 14.4).

"Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus" (Romanos 14.10).

MENSAGEM BÍBLICA: ACERCA DO JUÍZO TEMERÁRIO - PARTE 2

...

Em Tiago 4.11,12, nos mostra que o único que pode julgar é Deus: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo?”

Tiago mostra que, nós como cristãos não podemos falar mal dos outros (confere: Efésios 4.29/ Tiago 3/ 1 Pedro 3.10) e se falarmos mal ou julgarmos ao próximo, estaremos contra a Palavra de Deus. 

“Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão” (Romanos 14.13).  
  
Não que tenhamos que nos conformar ou concordar com o erro, de maneira alguma. Tem que haver a correção, a exortação (confere: 1 Coríntios 14.3/ 1 Tessalonicenses 2.12)

Exortar é não concordar com erro, porém, sem julgamento condenatório. Não podemos julgar, mas podemos exortar uns aos outros (confere: 1 Tessalonicenses 5.11/ Hebreus 3.12,13; 10.24,25)

Não podemos julgar, mas devemos reprovar o erro (confere: Romanos 13.11-14/ Efésios 5.11-17). Podemos combater o pecado, mas respeitando cada ser humano. 

Exortar não é a mesma coisa que julgar. Exortação é uma coisa totalmente diferente de julgar. Julgar é menosprezar, é condenar, é ter aversão ao que comete erros. Exortar é alertar, é corrigir a quem se ama, é querer ver o bem do outro. 

A exortação faz com que a pessoa evite cometer erros. O que exorta não tem sentimento avesso aquele que tenha cometido o erro, muito pelo contrário, quem exorta é porque ama. 

Em Colossenses 3.16, o apóstolo Paulo diz que devemos instruir e aconselhar uns aos outros com sabedoria. Devemos exortar uns aos outros com amor, mansidão, misericórdia, compaixão, e com sabedoria. 

Quem julga não ama, não corrige. Quando uma pessoa julga a outra, faz com sentimento avesso, condenatório. Foi o que fizeram aqueles escribas e fariseus.

Cristo ensina para que não julgarmos segundo a aparência, como o homem costuma fazer, mas julgar segundo a reta justiça (João 7.24)

Em João 7.20-27, João fala que Cristo foi mal julgado por ter curado um homem no sábado. A Palavra diz que Deus não julga segundo a aparência. “Porém o Senhor disse a Samuel: Não atendes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração” (1 Samuel 16.7)

O Senhor não julga na forma que os homens julgam. Ele não aceita a aparência do homem. “E, quanto àqueles que pareciam ser de maior influência (quais tenham sido, outrora, não me interessa; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que me pareciam ser alguma coisa nada me acrescentaram” (Gálatas 2.6)

“Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana” (Gálatas 6.3)

Em João 18.9-14, Jesus conta uma parábola acerca do fariseu e o publicano. Nessa parábola Ele faz referência àqueles que se achavam justo e menosprezavam aqueles que consideravam de baixo nível (Lucas 18.9,11).

A menção dEle nessa parábola ao fariseu e ao publicano era pela seguinte questão: O fariseu referencia àqueles que mais fielmente cumpriam os seus deveres religiosos. Já os publicanos ou cobradores de impostos, eram considerados pelos demais como “pecadores”. 

O fariseu nessa parábola julgava aos seus semelhantes e ainda se achava o tal diante de Deus (Lucas 18.11,12). Mas Jesus diz que Deus atendeu a oração do publicano e rejeitou a oração do fariseu. Por quê? Porque Deus não atende para a aparência. 

O fariseu só tinha aparência, e só fato dele julgar os seus semelhantes já era o motivo de Deus não concordar com a sua atitude. Já no caso do publicano, sua oração foi ouvida porque ele se humilhou diante de Deus reconhecendo os seus pecados e assim foi perdoado e justificado (confere: Lucas 7.29,30)

“E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus. Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele” (Mateus 21.28-32)

Precisamos, como fiéis seguidores de Cristo, ter o mesmo sentimento que há nEle, não julgando segundo a aparência, mas valorizar cada pessoa, cada ser humano indistintamente (confere: Tiago 2.1-13)

Em 1 Coríntios 13.5, fala que o amor não suspeita mal, ou seja, quem suspeita mal de alguém acaba o julgando e assim deixar de exercer o amor verdadeiro.

Não importa o estado espiritual de cada ser humano, mas o amor de Deus. Aos olhos humanos aquela mulher era desprezível por causa de seus atos pecaminosos, mas aos olhos de Cristo, ela tinha um valor grandioso. Assim, não devemos julgar ao próximo, mas amar indistintamente aos nossos semelhantes.


:: Por Anderson Quadros, mensagens bíblicas.