segunda-feira, 23 de julho de 2012

MENSAGEM BÍBLICA: ACERCA DO JUÍZO TEMERÁRIO - PARTE 1

“Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos, disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até os últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (João 8.3-11).

A resposta sábia de Jesus àqueles escribas e fariseus nos leva a uma profunda reflexão: Todos os seres humanos são falhos, sujeitos aos mesmos erros (Atos 14.15), e com isso não cabe a nós julgarmos uns aos outros. Quem somos nós para julgarmos os pecados alheios?

“Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster” (Romanos 14.4)

Cada um tem seus pecados habituais, suas fraquezas, suas debilidades. Aqueles homens se achavam na condição de julgar aquela mulher, mas aquelas palavras de Jesus os deixaram acusados pela própria consciência. Quem entre eles não haveria cometido pecado algum? 

“... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23)

“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1 João 1.8-10)

Sem Cristo todos nós estamos debaixo de uma mesma condenação, independentemente do pecado que temos cometido (confere: 1Coríntios 6.9,10/ Gálatas 5.16-21/ Efésios 5.3-6)

Mas com Cristo todos os homens, indistintamente, têm o direito à salvação eterna (confere: Atos 17.30,31/ Romanos 3.21-26/ 1 Coríntios 6.11/ Efésios 2; 5.7-10/ Tito 3.3-7)

“Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas. Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais coisas. Tu, ó homem, que condenas os que praticam tais coisas e fazes as mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus? Ou despreza a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento:...” (Romanos 2.1-6)

“Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Romanos 3.9-12).

O homem que julga o teu próximo condena a si próprio, pois, como ele pode julgar o próximo por um erro se ele mesmo comete outro erro. Aquele que julga alguém por algum erro, não estará livre do juízo de Deus.

Em Mateus 7.1-5/ Lc 6.37-42, Jesus nos ensinou acerca do juízo temerário. Cristo nos ensina que não devemos julgar para que também não sejamos julgados, porque com o mesmo peso com que julgamos alguém, com o mesmo peso seremos julgados (confere: Colossenses 3.25)

Chama-se de juízo temerário o julgamento apressado, arrogante, baseado em impressões, em informações de segunda mão, em maledicência e no “ouvi dizer”. Para o julgamento não ser temerário, a sua motivação precisa ser trazida à tona e examinada. 

Por trás do juízo podem estar a inveja, o ciúme, a competição e o desejo de vingança. Em outras palavras, o auto-julgamento deve preceder o julgamento alheio.

Muitas vezes reparamos o argueiro que está no olho de alguém e não enxergamos a trave que está diante dos nossos olhos. O argueiro é uma partícula leve, separada de um corpo ou mesmo um cisco, e a trave é um grande tronco ou mesmo um madeiro grosso. Com isso, se julgamos o próximo pela grandeza de seu erro, maior ainda será o nosso erro. 

Antes de julgarmos alguém, temos que examinar a nós mesmos, e enxergarmos o nosso erro primeiro. Aquilo que Paulo diz em 1 Coríntios 10.12, “aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”, ele está dizendo pra nós tomarmos conta da nossa vida, para vermos como ela está e que estilo de vida estamos vivendo. 

É por isso que Paulo, em 1 Coríntios 11.28, diz, “examine-se, pois, o homem a si mesmo”, pois, devemos examinar a nossa vida e vê, que Cristianismo estamos vivendo hoje, que tipo de pessoa somos hoje, que tipo de cristão somos nós (confere: 2 Coríntios 13.5-10/ Gálatas 6.3).
 
No momento em que fazemos o exame de nós mesmos, percebemos o quanto nós não somos nada sem Deus e com isso, veremos que não temos o direito de julgar ninguém. Veremos quão grande é a misericórdia dEle sobre as nossas vidas. Se não fosse a Graça de Cristo estaríamos todos, sujeitos a condenação eterna. 

“Porque, se julgássemos a nós mesmos, não seriamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo” (1 Coríntios 11.31,32)

Jesus nos diz que aquele que julga o próximo é um hipócrita, pois, não consegue tirar a trave que há em seus olhos e pensa que pode tirar o argueiro dos olhos de outrem.
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